No fim do ano passado, o governo federal anunciou mudanças em benefícios trabalhistas e previdenciários. No entanto, as centrais sindicais estão pressionando para que o governo reverta parte das alterações que endureceram o acesso ao seguro-desemprego.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a equipe da presidente Dilma Rousseff concluiu que, sem rever as mudanças, a medida provisória que restringiu o benefício não será aprovada no Congresso Nacional.
A reportagem afirma que a estratégia do governo seria fazer concessões para as centrais sindicais durante a fase de tramitação da proposta no Legislativo. No entanto, após as declarações do ministro da Fazenda Joaquim Levy de que o seguro-desemprego seria um benefício ultrapassado, a equipe de Dilma poderá sinalizar, na próxima reunião com as centrais sindicais (3 de fevereiro), em que ponto poderá reverter a proposta.
Desemprego
Uma das mudanças deve ser no período de carência para concessão do benefício na primeira solicitação feita pelo trabalhador, segundo o jornal.
Em nota divulgada à imprensa, o presidente da UGT-Paraná (União Geral dos Trabalhadores), Paulo Rossi, diz que a preocupação das centrais sindicais é com os jovens em seu primeiro emprego.
— Tendo em vista que o País atravessa um momento de instabilidade econômica e com crescimento pífio, poucos empregos gerados e muitas demissões, em especial no setor automotivo. Caso nada seja feito, atingirá toda a cadeia produtiva, sem falar no ajuste fiscal e seu “pacote de maldades” já anunciado pela área econômica, com aumento significativo de impostos.
Os sindicalistas afirmam que vão pressionar e convencer “o novo Congresso Nacional a derrubar tais medidas provisórias”.
— Pois, caso contrário, estarão concordando com mais um estelionato eleitoral como nunca antes na história desse País.
Entenda mudanças do abono salarial, seguro-desemprego e pensão por morte
Com o pacote de mudanças em benefícios trabalhistas e previdenciários, o governo estima economizar R$ 18 bilhões neste ano para reequilibrar as contas públicas. São R$ 9 bilhões apenas com o seguro-desemprego.
As centrais estão organizando manifestações contra as propostas, classificadas por elas de conservadoras.
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