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Escalada do desemprego e da inflação castiga os brasileiros

Escalada do desemprego e da inflação castiga os brasileiros

05/05/2016
Fonte: O Globo

Com a deterioração da economia, a qualidade de vida da população brasileira teve forte queda nos últimos meses, como mostra um indicador que une a situação do mercado de trabalho ao comportamento dos preços. O chamado índice de mal-estar ou taxa de desconforto — que em inglês tem o nome de misery index — saltou de 15,59% em março de 2015 para 21,05% em março de 2016, segundo cálculo feito pelo economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira. É o maior nível desde o início da série histórica, que começa em 2012, junto com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Em dezembro de 2014, era de 13,01%.

O cálculo é feito a partir da soma da taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua à inflação em doze meses medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Neste caso, é considerada uma média trimestral da inflação, já que a Pnad também considera um período de três meses. A taxa de desemprego chegou a 10,9% em março, enquanto a inflação pelo IPCA foi de 9,39%. Na média de janeiro, fevereiro e março, ficou em 10,15%. A ideia de usar a soma do desemprego com a inflação como um indicador veio do economista Arthur Okun nos anos 1970, inicialmente para o caso dos EUA.

— O segundo semestre de 2015 foi justamente quando o mercado de trabalho teve uma desaceleração mais forte. E, ao mesmo tempo, a inflação sofria ainda com o ajuste dos preços administrados — afirma Cristiano Oliveira, do Fibra.

Na avaliação do economista, o indicador deve ter chegado em março ao seu pico. Isso porque a inflação começa a perder força, diante dos efeitos da recessão na economia, que pressionam para baixo os preços de serviços. O índice de mal-estar, no entanto, continuará influenciado negativamente pelo mercado de trabalho, que deve manter a tendência de deterioração. A projeção do Banco Fibra é que a taxa de desemprego média de 2016 seja de 11,6%, nível que subirá para 14% em 2017.

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