De acordo com médico infectologista do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas, Rodrigo Angerami, apesar da antecipação do período de transmissão este ano, houve uma diminuição de notificações de Síndrome Aguda Grave nas últimas semanas epidemiológicas. “O H1N1 circulou pela última vez em Campinas em 2013 e voltou a se associar a casos graves este ano. Essa volta de circulação é o que explica o boom de casos. Em relação à antecipação, acreditamos que seja porque muitas pessoas não se imunizaram nos anos anteriores”, explicou.
Com base nos dados calculados pela pasta, em 2013 a cidade teve 62 casos de H1N1 e oito óbitos. Em 2014, essa estatística caiu para sete e nenhuma morte e em 2015, nenhum caso foi registrado. “Ainda temos mais três meses importantes na sazonalidade, ou seja, período que geralmente há aumento da incidência de casos. Por esse motivo, é difícil predizer como vamos fechar este ano. Mesmo assim, ainda é importante que a população mantenha as ações de prevenção, além da vacina, como higienização das mãos e evitar frequentar aglomerações.”
Das oito mortes, a presença de fatores de risco foi frequente, tanto que, das seis novas mortes divulgadas nesta quinta-feira, um paciente estava na faixa etária elevada e os outros cinco tinham doenças crônicas.
Um dos casos da doença foi detectado em uma gestante, mas evoluiu para cura. Em relação ao sexo, o registro foi dividido: 50% homens e 50% mulheres. Angerami reforçou ainda, que a queda de notificações de Síndrome Aguda Grave nestas últimas semanas epidemiológicas pode ser explicada pelo tratamento correto dos médicos da rede.