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53% apoiam impeachment de Bolsonaro

53% apoiam impeachment de Bolsonaro

25/01/2021
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sintercamp

Neste fim de semana milhares de pessoas foram às ruas pelo impeachment de Jair Bolsonaro.

A verdade é que não faltam motivos para a população pedir a destituição do presidente. A crise na saúde pública, agravada com o caos em Manaus e a falta de ações do governo no combate à pandemia tornaram a permanência de Bolsonaro insustentável e o impeachment passou a ter o apoio não só da esquerda, de determinados partidos políticos ou movimentos sociais, mas também da direita e de grupos diversos por todo o país, se espalhando em todas as regiões e faixas de renda.

Segundo dados da pesquisa Atlas, divulgada neste domingo, 24/01, 53% da população é a favor do impeachment de Bolsonaro. A pesquisa foi realizada entre 20 e 24 de janeiro, com a participação de 3.073 entrevistas feitas por questionários aleatórios via internet.

Ainda segundo a pesquisa, entre os principais motivos que levam a população a apoiar o impeachment estão a sabotagem do combate ao COVID-19 por parte do governo, a subversão do papel das forças armadas, má gestão econômica, as ações para incentivar o desmatamento ilegal e o favorecimento de seus filhos e familiares.

Parece que a população está acordando, mas a destituição de Bolsonaro está nas mãos do Congresso. O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é quem tem prerrogativa de levar à análise os pedidos de impeachment que chegam até ele e, até o momento, ele diz que não vai fazê-lo.

A Câmara vai eleger em 1° de fevereiro o seu novo comando. Os dois principais nomes são Baleia Rossi (MDB), apoiado por Maia e pela oposição, e Arthur Lira (PP), apoiado pelo bolsonarismo ―nenhum vinha se comprometendo a analisar os pedidos de impeachment, tornando o fator evolução da opinião pública ainda mais crucial na questão. Neste domingo, no entanto, Baleia Rossi citou o tema e cobrou o adversário pelo Twitter: “O compromisso é cumprir a Constituição. Como presidente, não abrirei mão de minhas funções. Analisarei com equilíbrio os pedidos de impeachment. Por quê? Arthur Lira engavetaria sem cumprir seu papel com independência? Existe algo combinado entre o Planalto e Lira neste sentido?”

Aguardemos, atentos, as cenas dos próximos capítulos, na esperança de que o apelo popular seja minimamente ouvido por nossos representantes no Congresso Nacional. 

 

Texto: Michelle Masotti/Sintercamp - Foto: Amanda Perobelli/ Reuters

 

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