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As eleições 2018 estão chegando. Neste domingo, 7 de outubro, iremos às urnas para escolher os deputados federais e estaduais, governadores, senadores e o presidente da República, que nos representarão nos próximos 4 anos. E o trabalhador brasileiro precisa entender o poder que tem nas mãos.  

REFORMA TRABALHISTA

Nunca e em tão pouco tempo tantos direitos trabalhistas foram alterados de forma tão ardilosa. Primeiro a Reforma Trabalhista foi aprovada sem nenhum debate com a sociedade, flexibilizando as relações de trabalho e comprometendo direitos históricos.

De uma só vez o governo alterou mais de 100 artigos da CLT, suprimindo direitos importantes do trabalhador para favorecer as empresas. A partir de agora as empresas podem “negociar” com os trabalhadores:

- Jornada de trabalho

- Banco de horas

- Intervalo para o almoço (que pode ser de meia hora)

- Férias (que podem ser parceladas em até 3 períodos)

- Plano de cargos e salários

- Trabalho em ambientes insalubres para gestantes e lactantes entre outros pontos.  

No pacote de maldades também está o trabalho intermitente, uma modalidade de contratação totalmente nociva ao trabalhador brasileiro. Isso significa que o trabalhador poderá ser convocado esporadicamente pela empresa, de acordo com a demanda do cliente por exemplo, e neste caso, será remunerado apenas pelas horas trabalhadas. Essas são apenas algumas das mais de 100 alterações que o governo fez na legislação. Literalmente rasgaram a nossa CLT.

TERCEIRIZAÇÃO IRRESTRITA

Como se não bastassem tantos absurdos, também foi aprovada a Terceirização irrestrita. A lei foi sancionada pelo presidente Michel Temer no ano passado e agora recentemente o Supremo Tribunal Federal deu o aval, autorizando a terceirização, inclusive, de atividades-fim.

Agora as empresas podem terceirizar todas as suas atividades, mesmo aquela para a qual foi criada.

Com a terceirização, o empregador não tem a obrigatoriedade de cumprir a Convenção nem os Acordos Coletivos da Categoria, ou seja:

-Sem piso salarial

- Sem Convênio Médico

- Sem Vale Alimentação

- Sem Participação nos Lucros e Resultados.  

A terceirização irrestrita precariza totalmente as relações de trabalho, cria trabalhadores de uma segunda categoria, sem o amparo de uma legislação específica. Mais uma vez as empresas saíram favorecidas neste processo.  

A Reforma Trabalhista e a Lei da Terceirização foram aprovadas porque o Congresso Nacional é composto, em sua maioria, por deputados e senadores que defendem os interesses de empresários, assim como o atual presidente.

Se tivéssemos mais trabalhadores na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e na Presidência, o trabalhador brasileiro não teria perdido tantos direitos.

Foram muitas derrotas nos últimos meses, mas podemos reverter essa situação. Para isso, temos que votar em pessoas que defendam a classe trabalhadora.

Vamos pesquisar quem votou a favor e contra a Reforma Trabalhista e a Terceirização. É hora de pesquisar quem está do nosso lado e dar o nosso voto de confiança para quem vai nos representar de fato.

O poder está em nossas mãos e é com o nosso voto que podemos mudar essa situação.  

Trabalhador vota em Trabalhador!